A inflação, que parecia concentrada nos alimentos, contamina cada vez mais outros produtos e serviços. Dos 465 itens pesquisados para compor o IPCA, 71,35% tiveram aumento no mês passado, mostra reportagem de Pedro Soares publicado na Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal). Em abril, 61,98% apresentaram alta.
Há um ano, o chamado índice de difusão era bem menor: 56,99%. De acordo com especialistas, o patamar atual preocupa e, caso se configure uma tendência, mostra disseminação da inflação.
Entenda a diferença entre os principais índices de inflação
Segundo o IBGE, que calcula o IPCA (índice oficial de inflação do país), há um claro movimento de alta, especialmente dos serviços pessoais. Serviços médicos e odontológicos, por exemplo, subiram 3,74% de janeiro a maio. Fazer as unhas ficou 4,58% mais caro e, enquanto a depilação subiu 7,73%.
Em entrevista à Folha (íntegra para assinantes), o economista Luiz Gonzaga Belluzzo diz que, com a demanda acelerada, a inflação "começa a se espalhar" por todo o sistema.
Leia a matéria completa na Folha desta segunda, que já está nas bancas.
Inflação
A inflação medida pelo IPCA registrou alta de 0,79% em maio, o que representa aceleração frente aos 0,55% verificados em abril. É a maior alta mensal desde abril de 2005, quando a inflação chegara a 0,87%, e da maior variação verificada para um mês de maio desde 1996.
Mais uma vez, os alimentos pressionaram o índice e tiveram alta de 1,95%, acima dos 1,23% constatados no mês anterior. A contribuição deste grupo representou 0,43 ponto percentual do IPCA, o equivalente a 54% do índice.
Trata-se da maior alta do grupo desde o início do Plano Real, em 1994.
Fonte: Folha Online
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